Baseado
nas idéias de Gaston Bachelard, os problemas devem ser conhecidos e estes não
surgem por si mesmos, todo conhecimento é resposta a uma pergunta, que segue o
principio de nada ser claro ou dado, pois tudo é construído. Na educação a
noção de obstáculos é imensurável, repercutindo de uma educação mecanicista que
provavelmente esquece que o aluno chega em qualquer aula com conhecimentos
empíricos já estabelecidos, então seria o caso de ajustar e expandir a linha de
conhecimento do sujeito, sem torná-lo uma caixa receptora de informações. A ideia
de começar do zero para estabelecer conhecimento pode vir de varias culturas,
contudo tempos e tempos passaram e a limpeza súbita do intrínseco humano,
conhecimento comum, não era de fato um sucesso, pois diante de cultura
científica o espírito nunca é jovem, o amadurecimento acontece por meio de
mudanças de concepções ou acréscimo do conhecimento em nível seqüencial e
lógico.
A
história dos primatas bípedes a qual pertencemos, com a origem da linguagem tem
inicio na intimidade do viver cotidiano, onde os antepassados em pequenos
grupos realizavam suas atividades, surgindo daí a linguagem como um domínio de
coordenações consensuais de conduta. Essa é uma história de vários milhões de
anos sobre a evolução da linguagem por meio da necessidade de adaptação a novos
obstáculos e busca de conforto social, entrelaçado as emoções, o conversar
passa a constituir um modo de viver, daí surge o ser social compilado de
experiências em todas as variáveis (MATURANA, 1997). A partir daí a Aprendizagem
Significativa[1]
(AS) desenvolvida por David Ausubel, a um resgate deste ser social,
preconizando que o sujeito possui algum conhecimento especificamente relevante
já existente na estrutura cognitiva. Podendo ser um símbolo, um conceito, uma
proposição, um modelo mental, uma imagem e Ausubel chama de subsunçor[2]. Portanto, AS se
caracteriza pela interação entre conhecimentos prévios e conhecimentos novos,
desta forma os subsuçores adquirem novo significado ou maior estabilidade cognitiva.
A
partir do momento em que o aluno consegue explicar situações ou fenômenos com
suas palavras, resolve problemas e questiona, há uma verdadeira compreensão do
conhecimento proposto, conseqüentemente houve aprendizagem significativa, pois
o conteúdo deixou de ser abstrato e os conceitos não são mecanicistas, fazendo
parte de algum modo de sua contextualização, como sendo uma verdade e não
apenas uma miragem do livro didático para avaliação.
[1]
Esta descrição sobre Teoria de Aprendizagem Significativa esta baseada na obra
de Marco Antonio Moreira, Aprendizagem Significativa: a teoria e textos
complementares, publicado pela Editora Livraria da Física em São Paulo, 2011.
[2]
Conhecimento específico , existente na estrutura de conhecimentos do individuo,
que lhe permite das significado a um novo conhecimento que lhe é apresentado o
por ele descoberto.
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